Seja bem vindo!

Seja bem vindo! Sinta-se em outro mundo

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Presente é a vida!



Apostei meu futuro no presente
enrolando em papel dos mais granfinos
e na ida sem volta do destino
eu perdi totalmente o enrolado
debrucei-me no ombro do passado
e chorei como gente grande faz
e no tempo perdido, eu jamais
desisti de chegar aonde eu ia
pois quem é mole no mundo não se cria
e na vida só vence indo atrás.

Quando penso eu escrevo no papel
e minha mente sorri para o que eu crio
pois presente e futuro é um corrupio
que com força é quem gira o pião da vida
não é mole ser mole nessa lida
que castiga o vivente sonhador
mais com fé em meu deus nosso senhor
eu persisto e vou indo ao infinito
troco um feio por outro mais bonito
e amanheço sorrindo sem ter dor.

Só findando esses versos não exatos
agradeço ao bom deus por que vivi
vi cantar o canário e o bem-te-vi
o xexeu e galo de campina
subi monte , desci muita colina
vi o sol se deitando no horizonte
fiz minha casa atrás daquele monte
e os meus olhos enxergam o amanhecer
bebo a vida com gosto do viver
onde o pote é de água cristalina.



Paulinho Jequié.

Virgulino Lampião, deputado federá!

Seus Dotôres Deputado
falo sem tutubiá
pra mostrá que nós matuto
sabe se pronunciá
dizê que ta um presídio
com dó e matuticídio
a vida nesse lugá

O Brasí surgiu de nós
nós tudo que vem da massa
deram um nó no mêi de nós
que nós, desse nó não passa
e de quatro em quatro ano
vem vocês com o veio plano
desata o nó e se abraça

Tamo chêi dessa bostice
de promessa e eleição
dos que vem de vez em quanto
se rindo, estendeno a mão
candidato a caloteiro
aprendiz de trapaceiro
corruto, falso e ladrão.

A coisa ta enveigada
ta ruim de desenveigá
meu sistema neuvosíssimo
vejo a hora de estorá
se estóra eu não engano
cuma diz o americano
na matança eu tem norrá.

Quero que vocês refrita
o falá da minha fala
pelo cano do revóve
magine o tamãe da bala.

Vocês que véve arrimado
nas bengala do podê
dou um chuto na bengala
mode alejado corrê
dou dedo, faço munganga
canto Ouvira do Ypiranga
e mando tudo se fudê.

Acunho logo a tramela
nas porta da corrução
toco fogo na lixeira
e passo de mão em mão
corto língua de quem mente
quebro três ou quatro dente
dos Deputado risão.

Político que come uva
em plena safra de manga
vai pra lei dos desperdiço
nas faca dos meus capanga.

Se eu der um tiro no mato
e bater num marinheiro
é porque tem mais honesto
do que cabra trambiqueiro
diante dessa nutiça
não haverá injustiça
é a lei dos cangaceiro.

Os deputado bom de pêia
eu tiro o "W" do nome
tiro vírgula dos discurso
reticença e pisilone
sapeco lei pra matuto
meto bala nesses puto
e um viva no microfone.

Matuto que tem saúde
pro trabaio ele é capaz
nós se vira, arruma água
as sementes e o preço em paz
não vai sê protecionismo
é a lei do Nordestinismo
dos Problemas Matutais.

Debuiado este discurso
pros Dotôre e Deputado
ta dizido minha meta
pra cem bilhão de roçado
depois não venham dizê
que foi golpe de pudê
proque não foram avisado

Partido dos Cangaceiro
o PC dos natura
pela lei da ignorança
do Congresso Federá
assinado Capitão
Virgulino Lampião
Deputado Federá.

     Jessier Quirino

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Elas são brancas.

 Elas podem ser pedacinhos de algodão, podem ser pedaços de papel, podem ser o papel reciclado do mundo inteiro, podem ser as penas brancas de pombas brancas que voam no céu, podem ser o nada e o tudo, e por que não poderiam ser as almas mortas de pessoas vivas, ou as almas vivas de pessoas mortas? 
 São corações brancos e puros, ou dragões  brancos e bonitos, e por que não moças graciosas? São animais pintados de branco no azul do céu. Sinais, são sinais que nos levam a qualquer lugar, são o riso chorante e o choro risonho de muitos. São a verdade ou a mentira, o sonho de poucos ou de muitos.
 Brancas, imagens delineadas no azul, são brancas, de Neve. Ou neves brancas cores. São neutras, puras e límpidas. Transparentes ao mundo que nem lhes dá importancia. Como disse, podem ser tudo e nada, e Geraldo Azevedo diz certo quando canta, ou canta certo quando diz "Há beleza em tudo que há no céu". Nuvens.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Corra

 É... Precisamos exagerar as vezes, estudar um pouco mais, tentar um pouco mais, buscar um pouco mais, ajudar um pouco mais, nos concientizar um pouco muito mais. O nome do mundo é competitividade, muitos querem uma vaga, um lugar social e econômico estável, até a natureza deseja isso, mas poucos conseguem. Correr é o certo, correr atrás dos nossos sonhos e ideais, hoje tudo é competitividade, o branco compete com o preto, os partidos politícos vivem matando por disputa de cargos, você disputa comigo e o verde com a seca. Quem irá ganhar, nós não sabemos, sei que precisamos correr, e se tudo é experiência, por que não fazer parte, para ganhar experiência? Vai!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trêmula, gélida e pálida, amor paterno.

 Eu saí correndo a gritar e chorar, parecia um sonho ou um filme, não sei, foi ontem as vinte e três horas, eu estava desesperada, preocupada, em carne trêmula, gélida, pálida. Ele não chegava eu não o vi até então. Muitos dias vivi sofrendo e ainda estou pois, aonde ele está? O que está fazendo? com quem está? Bom não sei onde ele está, o que está fazendo é obvio, com quem está também não sei, só resta-me preocupação, e peço todos os dias para que Deus traga-o de volta pra mim, tenho medo que vire uma estrela, gosto das estrelas e tenho medo delas. O obvio é mais perto do possivel. E depois de tanto olhar o horizonte, para um carro na esquina e o deixa lá, ele vem a respirar, eu ofegante abro a porta e espero ele com um sorriso chorante, um alívio no peito, paro de chorar e de tremer aos poucos. Tudo isso acontece por amor. Ultimamente as pessoas me perguntam porque que estou assim, e eu não respondo, ou quando rio é um riso falso. Nada, mais nada mesmo me alegra. Preciso buscar a felicidade, tratar do pai, aquele que amo. Por isso que quando me oferecem algum tipo de álcool eu rejeito com prazer.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Pela lei natural dos

encontros". Começei com letra minúscula, não se importe. Nunca mais a natureza da manhã, e a beleza no artifício da cidade. E terminou a música no princípio da mesma, sinto que não era o fim e deito a pensar em "dous" dias de carinho e abraços, ou os abraços fazem parte já dos carinhos, não sei bem. O que estava por vir, não veio pois, era proibido. Seria justamente o último e melhor carinho, ou não último. O trêm se vai na noite sem estrelas. e vou indo sem saber se vou, ou se for, não sei se ficarei, pensarei sempre ou não, naquele suposto último carinho. Se não ir, ficar com saudade, se ir ficar ei, com muito mais do que se não.
 Dança, canto, renda, arte, gritos, risos, choros, bonitos e feios.
Arte, renda, canto, danço, grito, rio, choro, bonita e feia.
O dia vem, nem eu, nem trêm, nem ela. Dezembros

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Audição

Não sei se de onde você está dá para me ouvir, 
pode me responder? 
Por favor! Diga
o que ouve, e 
dar-lhe-ei
um...














oi.
       Pi-
    VÔA
  pa, pipa,
    vôa,pi
       pa
           a
              m
                   a
                    r
                      é       um deserto, e seus amores?
                      l
                    o
                   .
                  .
                .     
Vem você me dizer que vai num salão de beleza... Há menos beleza num salão de beleza, a sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Prego, espada, régua, zíper e blá blá blá!

 Você não vai à guerra, não vai medir ou muito menos abrir nada para que tanto blá, blá, blá. Uma espada "no pé" da orelha, imagino que você vai guerrear com a poluição sonora mais não, estou totalmente enganada. Tem um prego ou parafuso sei lá, no pé da sua orelha, e eu novamente imagino... Que você irá apregar o mesmo na parede e expor um Van Gogh ou um Portinari mas não estou enganada mais uma vez. Tem uma régua no seu punho ou no seu "mocotó", eu de cá de acolá me pergunto, será que ela ta medindo o punho?! Mas a resposta também é não, os pensamentos se esgotam, pois todos eles são negativos, ufa, não aguento mais pensar em possibilidades e utilidades de tantos objetos inúteis. E tem mais um objeto, o zíper. Tem um deles pendurados, balançando no pé da sua orelha, o que você vai abrir? A orelha, será para ouvir melhor? Não, não. Não é para nada. Nada mesmo, a não ser enfeitar, "empiriquitar" está é a palavra certa. São coisas superfluas, de verdade, não servem para nada além de lucrar, mas é lucrar o vendedor não a você, que consumismo sem nexo, não faz sentido algum, dinheiro é fácil para comprar essas coisas, mas para ajudar um indivíduo na pobreza, na fome. Nunca aparece ninguém. Se você fizesse uma releitura de uma obra de Portinari e comprasse um só prego para pendurá-lo a uma parede da sua casa, quarto seja lá onde for, você estaria ganhando bem mais, poderia até descubrir um talento seu, e lucrar com isso, mas você está fazendo ao contrário. Se você usasse uma espada para guerrear a favor do bem e derrotar o mal estaria ganhando com isso, mas não. Compre uma régua meça tudo, inclusive o seu carácter, a sua bondade, a sua solidariedade e humildade, você enriqueceria com isso! Compre um zíper. Você pode abrir com ele novas portas e até mundos, e irá transparecer para todos, todas as suas características, vivera bem como um garrote, quando o capim cresce com a chuva e a sua mãe vaca lhe dá leite. Deixe de blá, blá, blá e vá em frente, seja um consumista diferente!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um miado é um bom dia!

Não sei se você já parou para analizar, mas os cães são iguais a nós, os gatos também são iguais a nós, não sei quem foi que disse que os homo-sapiens são diferentes dos animais, vai saber eles pensam como nós, quem somos para dizer que eles são irracionais?  Ninguém, não somos ninguém mesmo; vai ver eles estão conversando na língua deles, podem estar até falando mal de nós, podem achar, assim como nós pensamos deles, que somos irracionais.
Estamos aqui na Terra para críticar não e mesmo? Ah pensei que fosse; por que nós só sabemos avaliar o próximo, as outras cores e raças, um ser diferente. Assim como dizem que é direito nosso críticar, ter liberdade de pensamento e livre expressão, eles (animais) também tem e nós não sabemos. Quando um cão diz au-au ou um gatinho diz miau eles podem estar até nos xingando, por que não? Podem estar também nos elogiando, tentando entrar em contato. Nós é que não sabemos e falamos demais, se é que isso é falar. Vai saber o que é falar e se esta pronuncia existe.
 Quem é o homem para inventar, expor e exigir nada de ninguém? "Eu era eu quando ela era, ele em mim quando ela era" nada vezes nada diz este trecho e muitos outros, verdade. E o que digo se não sei e não sou? Era para finalizar com este dito mas nem vou. Ainda preciso dizer que não podemos críticar principalmente os animais e tentar ser melhor  com relação a seus feitos já. Só devemos nós igualar pois um miado é um bom dia.

domingo, 29 de agosto de 2010

Tudo Deus

 Isto mesmo, tudo Deus e enquanto estiver viva dar-lhe-ei tudo, por que tudo é dele. Se tudo o que temos é ele que nos dá, então é tudo dele. O conceito que encontrei de tudo é "a totalidade do que existe" tudo àquilo que temos, somos, tudo que concebe uma existência. E o dicionário me diz que Deus é um ser supremo, um homem heroico de superioridade incontestável. Este homem não é qualquer homem, se ele pode fazer o cego enxergar, o deficiente físico andar, o mudo falar, o surdo ouvir. Ele é merecedor, de tudo e de todos. Faça o bem, pois ele gosta do bem, ore, fale com ele, se entregue a ele, se você falar com ele, eu tenho a absolutissíma certeza de que ele irá lhe responder de qualquer forma, seja por meio de uma pessoa, animal, algum gesto ou palavra, mas ele ira responder. O maior professor é ele, todos as dúvidas que você tiver, ele vai esclarecer, então fale com ele, nos momentos ruins lembre dele, peça a ele sabedoria para passar pelo obstáculo, se estiver feliz agradeça a ele, se tiver sorte, não diga "foi sorte" mas sim, foi Deus, por que foi Deus! Foi ele que lhe prestou a oportunidade de vencer algo que parecia ser invencível. Entregue-se para ele, pois tudo é dele. Que ele te abençõe sempre, assim como ele me abençõa, amém!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Coleção

 A mais pura verdade é que somos grãos de areia, bem pequenos e dispensáveis, não fazemos a diferença. Para ums. Mas para outros sim, e muito. É como se fossemos o único grão, a única pedra, pedra esta que está no caminho não para que alguém tropique, mas que olhem para o chão e a vejam, por mais que seja a mais feia, ou a menor, mas que chame a atenção para o bem, assim como as da minha coleção, eu as vejo como companheiras e amigas, por mais que a pedra que eu tropessei seja feia ou pequena trarei ela para casa e cuidarei bem dela.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Aos dezoito

Queriamos poder realizar pequenos sonhos que hoje não podemos pelo simples fato de sermos pequenos com relação a idade, estatura, epiritualidade, muitas outras coisas, enfim a última não tão pequena assim, mas que não é ainda como também queriamos que fosse, bom não podemos sair e voltar a hora que bem entendemos pra casa, pois não temos idade para realizar isto, não podemos conversar sobre vários assuntos e opinar alguns deles por que somos pequenos! Tanto na idade quanto na espiritualidade e entendimento das coisas, não podemos voar de asa delta, acampar, levar um instrumento de observação astronômica se possível, viajar,  andar por ai, ir a praia quando se tem uma por perto, pois somos jovens demais para isso, e também não podemos fazer rapel pois os nossos pais ou responsavéis não deixam, ou mehor a idade, capacidade de pensar nas consequências, não nós deixam, pelo menos no conceito adulto, isso é o que explica a teoria deles, sobre nós adolescentes.
 E nos perguntamos porque tanta privatização, tudo bem que nossos responsavéis tem que mostrar desvelo para  conosco, estão certos quando nos privatizam de andar com ruins amizades e certos tipos privatização que servem de sobreaviso para que não nos envolvamos com drogas, bebidas alcoolicas entre outras coisas ruins para nossa vida, se bem que somos frutos do nosso seio familiar, somos frutos de uma boa convivência, deveriam confiar mais em nós adolescentes com relação a estas coisas, e se boa esta vivência não iremos fazer algo errado, jamais, mas fora estas atenuações, nos perguntamos por que não nos deixam viver, com uma maior intimidade com o mundo, a terra, o céu, o mar... A natureza. 
 Chegamos  até a sofrer com isso apesar de que segundo os adultos fazem para o nosso bem, alguns de nós até tomam atitudes trágicas e bruscas quanto a isso, o conselho é único e universal, calma, paz e amor, tranquilidade, tudo tem seu tempo apropriado, tudo passa. Vamos ser cautelosos, um dia conseguiremos provavelmente iremos conseguir tudo isso, aos dezoito.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Terra molhada e o Peixango

 Bela, tranquila, mãe, rica ou talvez pobre, essas são as poucas qualidades que podem ser dadas a natureza. Minha avó me chamou para ir à roça com ela e meu avô, à fim de que eu os ajudasse com algumas coisas, teriamos que sair cedo na manhã do dia seguinte, dormi cedo para descansar e poder no outro dia ir juntamente com meus avós à roça. Às sete e meia da manhã fomos para a roça de carroça, para quem não conheçe, o nome já diz muita coisa "car" é o mesmo que carro e "roça" é o mesmo que campo, pedaços de terras. Então carroça é um automóvel para ir a roça, enfim.
 Fomos para a roça e no meio do caminho tinham flores, muitas flores de diversas cores e tamanhos, mas no meio de tantas flores tinha apenas uma de cor azul, ela era tão mais tão bela que se destacava perante as outras. Fiquei olhando para ela até quando a carroça passou à frente e não pude vê-la mais, mesmo assim continuei a olhar para a beleza daquela estrada que tanto passei mas nunca tiverá observado a sua riqueza e a terra natalícia que possuiam. O dia estava nublado e os pássaros bricavam mesmo diante do branco predominante dos céus, pareciam sorrir sem disfarces ou dissimulações, a carroça não cessava de andar e tudo passava lentamente de acordo com o movimento e aceleração que o "burro" andava, cada vez mais iamos ficando mais perto da roça e depois de muito ver, chegamos.
  Foi um alívio ter chegado agora poderia descançar em meio a verde mata que rutilava ao meu redor, como ela é bonita. Começei a limpar a casa e a varrer seu terreiro, aqui, acolá comia alguma coisinha para enganar e matar a pouca fome que sentia, ouvia a música que os pássaros faziam, os patos dançavam ao seu som e eu ria deles. Terminamos de varrer tudo eu e meu primo que teria ido junto conosco, era chegada a hora do almoço e comemos leite com café, assim digo pois tinha mais leite do que café e ficou um pouco branco, mais ums pedaços de aipim cozido e frio. Não era lá a melhor comida do mundo, mas na hora da fome comemos muito.
 Depois de em média uma hora sentimos fome e cansaço, e fomos embora a pé, pois nossos avós ainda iriam demorar, grandes seis quilômetros se passaram lentamente mas serviram muito, a terra estava molhada e cheirosa, o mato estava cheirando muito bem, as flores? Também, demos muitas risadarias e conversamos bastante. Quando passavamos num povoado, tinha um tanque, um galo e umas galinhas, ai o meu primo disse:
  - Imagina se o galo fosse um peixe com pontas de boi?! O nome dele seria Peixango!
Tudo o que fiz foi sorrir a todo tempo, mas a imaginação e o pensamento dele foi totalmente ubertoso, muito cômico. Continuei andando e pensando no Peixango que vimos, quer dizer, vimos não, imaginamos. Fui para a casa de meu tio almoçar pois era mais perto e estavamos com muita fome, comemos e fomos para a minha casa, eu estava "podre" não podre deteriorada mas fétida, exalava um odor horrível. Tomei um ótimo banho e descansei, dei Glória ao Senhor por isso. Não vou dizer que este texto foi uma história real, por que foi baseado numa delas, mas dar-lhe-ei um nome imaginário, não consigo pensar no momento um se quer de cansaço que ainda sinto.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A dona do céu

 Indo para o colégio exatamente às doze horas e quarenta e sete minutos, passava pela praça e na grama lá plantada por homens trabalhadores da prefeitura municipal, se encontrava uma lavandeira, não uma lavadeira de rio que tem muito lençol pra lavar, mas sim uma lavandeira um pássaro muito belo que não tinha nenhum lençol para lavar mas uma vida para levar se os homens o deixasse, estes pássaros são os donos do céu, "os donos do céu" imagina só, nem o homen forte e capaz de pensar tão quão outros seres não tem nem um pedaçinho dos céus e estes tão pequenos seres eram os donos do céu. Com penas exuberantes de cores amarelas, brancas  e pretas, eles sobrevoam as terras, os mares, as cidades, as matas, as nossas casas, e quando menos esperam, recebem um tiro, seja lá da arma que for, espingarda, badogue ou estilingue, tanto faz. Eles morrem? Sim eles morrem! E a sua liberdade? Ah, sua liberdade ubérrima de voar sobre tudo e todos os lugares acaba, por um simples ato incoerente e desconexo de um rico homem de rancor e sem coração.
Não venham me dizer que é normal, matar um ser tão puro, livre e inteligente como um pássaro, para que? Se a resposta desta pergunta for "para comer" como todos respondem, isto não me serve de resposta, um pequeno pássaro não alimenta fome de ninguém, porque você não planta e cultiva uma árvore frutífera?Para comer frutos saudaveis, faça isso, não tire uma vida, um ser tão livre quanto o vento não merece partir assim, tão cedo, apesar de tudo que acontece neste mundo.
 Eu estava andando rapidamente, muito perto daquele ser, hoje às doze e quarente e sete e alguns milésimos de segundos e quando o vi ele estava fazendo um lindo pouso, parecia um avião, no momento ilústre de reflexo, retardei o meu passo para que podesse ve-lo com cuidado, atenção e carinho, depois de te-lo admirado muito lembrei que tinha que chegar logo a escola, fui obrigada a acelerar o passo, ganhei o meu dia apenas por ter parado ali alguns segundos e prestado um pouquinho da minha atenção para aquele pequeno animal que precisa ser cuidado, admirado e respeitado por todos. Você precisa aprender a dar valor as coisas antes mesmo da sua partida, pois um dia tudo ficará em extinção até mesmo o homem, precisamos, necessitamos de carinho, um pouco de atenção e admiração e por que não adimirar também. Admirar um animal, uma paisagem,  um amigo ou amiga, sua família, a vida não vai tirar um pedaço da sua carne, tudo isso que acabei de citar é obra de Deus aquele que mandou seu filho por todos nós e nós não prestamos atenção nas coisas lindas que temos proporcionadas por ele se quer.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Anjos Aurélia e Eduardo

 Aurélia, nascida em cinco de setembro de mil oitocentos e oitenta e sete, às dez horas da manhã na cidade de Veronéz na Lua. Aurélia era uma senhorita muito bela, digo era, pois a mesma já faleceu a muitos anos, ela era elegante, doce, serena, tranquila e de cultura muito abundante, a sua estória é muito mistériosa,  meu avô que a conheceu disse-me que ela não tinha pais, não veio de nenhum seio familiar e vivia só, num comodo não chamarei de casa pois a mesma era muito pequena, com pouco mais de cinco metros quadrados, seu comodo como diz o meu avô era muito feio e sua tinta exterior já estava descascando, as telhas eram velhas e pretas, mas ela só vivia com sua pele muito bonita e bem cuidada e suas vestes muito sedosas e belas.
 Em Veronéz não tinham muitos habitantes, moravam lá apenas em média de umas cem pessoas, nenhuma parente de Aurélia. Ninguém a conhecia, só venerava e considerava-a a mais bonita e adorável de todas as mulheres dali, seria mais bonita do que a mais bonita que ali morava, à pouco da casa de Aurélia. Quando ela saia da sua casa, em total silêncio nem as chaves tilintavam umas nas outras, respeitavam a senhorita, fechava a velha porta ruida por cupins de tão velha que estava fisícamente, o seu estado era precário mais a dona dela, estava em perfeito estado, saia e ninguém se ouvia mais nada a não ser elogios e olhares.
  Mas ninguém chamava tanto a atenção de Aurélia quanto Eduardo um simples cachorro, assim Aurélia chamava aquele cão forte e bonito, que vivia pelas ruas, sendo maltratado e chutados por todos os homens rudes daquela cidade, ele na verdade era o ser imponente de lá e não feio e velho como os homens rudes o viam. Os homens rudes quando viam que Aurélia saia de casa, perfumada e formosa levando consigo uma sacolinha que ninguém sabia de fato qual o conteúdo que carregava, quando menos se espera ela vai em direção a Eduardo, abre a sacolinha e deixa um pouco de leite e farinha para ele se alimentar, Eduardo balançava-se de felicidade, pulava como um canguru, quando viam isso, os homens sentiam vontade de matar o cão para que Aurélia podesse sentir a presença deles naquelas ruas, mas até agora nunca o fazia, apenas pensavam e falavam em mata-lo. 
 Um dia ela começou a catar pedras na rua e amontoar do lado do seu "comodo" depois de muito acumular as pedras, ela foi a um rio próximo buscar um pouco de barro, quando pegou o barro, não conseguiu levantar o saco que pegará, desde quando chegará na cidade nunca tinha falado com ninguém, até mesmo por falta de oportunidade e então naquele momento precisava de alguém que fosse forte e podesse lhe ajudar com todo aquele peso, encontrou um garoto, o mesmo estava pescando, ela o comprimentou e perguntou o seu nome ele se chamava Mateus, chamou Mateus para ajuda-la com aquele peso e ele aceitou, ela esperou ele ir em sua casa guardar o anzol, as iscas e dizer para a sua mãe ia ajudar uma senhorita a levar um pouco de barro até a cidade, então foram... Quando chegaram a casa de Aurélia ela pediu que acostasse o saco a parede do "comodo" pelo lado de fora da casa e deu-lhe alguns tostões como forma de agradecer e retrubuir a ajuda do menino.
Depois de conseguir os matériais para construção de uma casinha para Eduardo, começou a contruir um comodo muito menor do que o dela é claro mas que cabia o pequenino cão dentro dele, levantou as paredes do comodo com as pedras e entre elas estavam espremidos o pouco do barro trago do rio, mesmo pouco, ainda tinha sobrado outro pouco do barro, por fim acabou a construção mas esqueceu do teto, então resolveu fazer telhas de barro para sobrepor no tugúrio, conseguiu e agora acabará de vez a construção.
No outro dia foi a rua buscar Eduardo e não o encontrou. Voltou para casa muito preocupada com ele e se pôs a chorar; o dia amanheceu e ela saiu em busca de Eduardo correndo desesperada pelas ruas, perguntando a todos pelo cachorrinho, as informações a levaram a Eduardo na casa de um homem profundamente rude e bateu a porta, chamando  todo momento o nome de Eduardo e ouviu o choro dele o homem abriu a porta e ela pediu que o trouxesse até ela, o homem trouxe o cãozinho o chutando ela voou em cima dele e o pegou rapidamente dizendo apenas que o homem um dia seria castigado por tudo o que fizerá, levou o Eduardo para casa e quando chegou o esquentou e deu-lhe comida, nesta noite ela dormiu com Eduardo.
O homem rude e desagradável à vista estava louco de ciúmes de Aurélia com o cãozinho. Na mesma noite resolveu não matar apenas o cão e sim Aurélia também, entrou pelo telhado do "comodo" humilde e desagradável à vista assim como ele, e em cima de Aurélia e Eduardo que no momento estavam dormindo aconchegantes, abraçados e num bom sonho pulou, com duas facas uma em cada mão e os matou numa só facada cada um. Aurélia que veio como um anjo da guarda para amar e salvar Eduardo,  Eduardo que nasceu para amar, ser cuidado e amado por Aurélia, morreram felizes um nos braços do outro, e voltaram para o céu juntos.

domingo, 1 de agosto de 2010

A acetona e o álcool

Você acha que o álcool é mais volátil do que a acetona?

no meio vida

            raiz                                                             embrião                                                    alicerce                                               
            tronco                                                   bebê                                                           cimento                            galhos                                    criança                                   bloco                       
  folhas                    adolescente             parede            
   árvore               adulto      casa 


  

Elã


É muito significante ter alguém que ama por perto, aqui bem perto, mas nada vale se o que aquele alguém sente é tão insignificante, faz do amigo uma matéria reciclável, joga fora sempre quando está com muito tempo de uso, isso é muito feio, ruim por demais pra quem sofre, nem atenção que seria o minímo; proporciona mais, "descanteia" deixa de lado totalmente como um maltrapilho, esfarrapado, enfim.
As pessoas precisam saber que não é sempre que se encontra alguém confiavel e bom, e as vezes é justamente aquele confiavel e bom que ele insulta e faz de conta que não existe, o ser-humano por pouco que seja tem que ser valorizado, pois se não, pode até sofrer de doenças e até mesmo morrer, e tudo isso porque a gente não da valor ao próximo e Deus um dia disse que temos que "amar o próximo como a nós mesmos" então, procure sempre amar o outro, tratar bem o outro.
De que serve tanta arrogância? Não serve de nada, muitas vezes estamos de bem com a vida e um elã deixa-nos ímpetuosos, cheios de arrogância, mas poucas vezes esse elã vem para bem, para que se apaixone, para que ame o próximo. Faça de um bom elã uma verdadeira e indestrutível amizade, um amor como o amor de lua pelo sol, da lua pelo mar, de lua pela terra, como o amor da lua por você.

sábado, 31 de julho de 2010

Um livro, uma fada, um céu, um mar e um ar.


Na minha pequenez eu sonhava com fadas madrinhas vivia num mundo fantástico, de sonhos e idéais, a minha fada madrinha dormia toda noite na minha mochila de carrinho, da Barbie, eu só via a luz que irradiava da fadinha, ela era como a fada da cinderela, só que não era da cinderela e sim minha, estava no quarto deitada, quando pedia alguma coisa a fada realizava, "BUM" eu estava agora num pedaço de mar em um barco a deriva, o mar tão lindo, mais bonito que um aquário quando não se tem um mar para apreciar, recebendo a energia e força irradiada pela lua, quase azul da cor do céu, ou branca da cor das nuvens, sei que o mar, o céu, estavam lindos, o ar estava fresco e agradável, vivia ali como um real não dinheiro, mas um real, um real sonho, uma realidade mistériosa... A fada não me levou embora dali ainda, queria que aparecece um livro em branco para que podesse escrever tudo o que sentia no momento, que não era pouco, suponho que tudo o que tinha em mente era de deixar qualquer um pasmado iria encher as muitas páginas daquele livro, lá num pedaço de mar num barco, eu estava grande. Adolescente, cheia de crises psiquícas, ilusões, amores, mudanças e transformações. Diferente da realidade, da menininha pequenininha, bonitinha, queridinha por todos os adultos, as vezes brutinha mas só quando tinha motivo. No sonho, na viagem tudo o que mais desejava era o livro mas não era possível, então deitei no barco o vento esfriava e eu iria ficar resfriada, do meu lado tinha um lençol de lã, aquecia muito bem, sintia e via naquilo tudo o tanto de amor que a minha fada sentia por mim, mas se ela me ama tanto e queria que eu vivesse isto, será que ela não deixou o livro em algum lugar? Levantei as pressas, chega cai de tanta rapidez, mas levantei devagar para ter certeza que não ficaria tonta outra vez, entrei no barco e o livro brilhava, parecia coisa de filme, cinema ou coisa assim, mas se era, não é mesmo?! Parece que estou ficando louca com este mundo fantasioso e belo, mas acabaria me acostumando ou não pois quando virar adolescente de verdade não iria ter um fada madrinha mais, encontrei um livro antigo, mas branquinho, branquinho.
Agora poderia escrever tudo o que imaginava, a beleza e serenidade do céu, o som e grandeza do mar, o tato e a força do ar que passava por ali naqueles momentos ilustres.
Escrevi tudo o que cabia e que bem entendia sobre aquelas formas e poder ou formas de poder, viver, crescer ali naquele barco seria legal, mas a viagem estava acabando e eu já estava com fome, sera que lá na minha caminha quentinha, aquela menininha estava também com fome? Não sei explicar, vai ver ela está com fome e estou sentindo o mesmo que ela, já deve estar na hora do gagau. Até a próxima mundo lindo... Ai já cheguei nem deu tempo me despedir de todos daquele mundo, mas não tem problema, um dia voltarei lá, obrigada a minha fadinha por esta linda viagem, eu gosto quando você me proporciona essas viagens legais assim. Boa noite e dorme bem ai dentro da mochila, vou até trancar para minha mãe ver que tenho uma fada, ela vai achar que estou louca, mas louca mesmo, sabe?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Beatriz


Eu prometo a você que vou melhorar, tentar ser a melhor irmã do mundo, que por onde você for, eu vou, onde você estiver ,eu estarei, eu sei que precisarei muito de você na minha vida e você de mim, a gente se desentende, ocorrem desavenças entre nós, mas é por pura besteira, isso não vai impedir que o amor prevaleça e que você seja a minha querida e única irmã, o meu sonho é achar a cura da tua doença para que você seja mais feliz do que é. Não sei se sou merecedora do teu amor, acho que não mereço, às vezes eu não sei lhe dar contigo mais vou aprender, você vai ver, declaro aqui que te amo Beatriz.

"Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina"

Ela é tudo isto é um pouco mais pra mim.

ACG


Araújos, Carneiros e Guimarães desde a raiz desta grande árvore até as suas microscópicas células tem muita história pra contar, família, companheirismo, coleguismo, compartilhamento, amor, fraternidade, felicidade, idade, turma, não uma turma comum, mas a turma do vovô Zeca, vocô Zeca... Se o mesmo estivesse vivo préssuponho que teria muito orgulho da sua família assim como todos nós da família ACG temos.
Apenas uma vez por ano nos reunimos, é muito bom, uma paz imensa, não falta o que fazer, o que falar, pois alguns moram longe, e demovamos para botar os papos em dia, o verdadeiro significado de família existe lá... Naquela família, na família ACG. Não é á-toa que amo tanto esses membros, essas folhas da grande árvore, que na verdade é um tamarindeiro, jogamos bola, brincamos de galinha gorda, jogamos dominó, são presenteados aqueles que passam no vestibular com um trófeu muito significativo, uma enxadinha, brincamos, dançamos, observamos a natureza, oramos o mais importante, pedimos a Deus direção em tudo na nossa vida, bençãos para todos os membros, isto tudo é muito importante para o seio familiar.
Família é o núcleo de uma convivência, unidas por laços afetivos, nós somos todos unidos por laços afetivos e vivemos debaixo do mesmo teto, o céu. Somos frutos de boa árvore com raízes fortes, somos Araújos, Carneiros e Guimarães, somos a turma do vovô Zeca.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Delinquêntes


De que serve opulentar tanto algo ou alguém quando não se merece ser opulentado, porque que os advogados de defesa são tão eloquentes, mentem, são extremamente convincentes e cheios de persuasão, eles na maioria das vezes conseguem convenser o juri, será que os mesmos não são inteligêntes o bastante para saber que isto é um grande pecado e eles estão errados, mas para que tanta violência, as pessoas não se auto convencem de que estão erradas em matar. Só a velhice poderia matar alguém, só a felicidade poderia matar alguém apenas as bondades poderiam matar alguém, de tão cheios que estão, senão a vida para que ter outro elemento...

Viver? Não sei se vou muito 2


Azuis, são as cores dos oceanos, dos céus, dos mares, das águas, da tranquilidade, potabilidade assim como o verde a pouco não teremos mais. Também cor da noite, reflexo de lua no mar; lua e mar, um mundo de amor, obscuridade, mistério. Que também, assim como o verde nao estamos protegendo, o que precisamos para viver.
Azul, cor da intelectualidade, não estou vendo intelectualidade alguma em ninguém, o azul nos ajuda a ter clareza de idéis, isso nós temos, mas não estamos aproveitando as idéias para o bem, assim como a intelectualidade, podemos e devemos usar as idéias para o bem para o azul predominar, se o azul acabar não teremos mais idéias e não seremos intelectuais, por mais que vivamos a tentar ser, não conseguiremos.
"A água é uma substância química composta de hidrogênio e oxigênio, sendo essencial para todas as formas conhecidas de vida" essencial, essência é algo que precisamos e não vivemos sem, não existe em hipotése alguma alguém que sobreviva sem água, sem azul, paz, serenidade, seriedade, sem tranquilidade, então cuide! Queira viver!

Viver? Não sei se vou muito


É lindo, tão lindo o verde, é o enfeite de natal da cidade mesmo quando não for natal, é a preservação, mas afinal o que é o conceito de preservação? Preservar é proteger de algum dano futuro, resguardar, gosto dessa palavra, proteger! Nossas costelas protegem os nossos pulmões, e porque nos não podemos proteger o verde? Uma das mais lindas cores, o verde é uma cor instintiva, espontânia, faz bem.
Precisamos fazer esforços para entende-la, esforços estes que vão nos obrigar instintivamente a cuidar do verde, do mato, das árvores, plantas... Quanto verde não? Sabia que ele está acabando? Imagina quando não tivermos mas ele, seremos brutos, bruscos, intolerantes, arrogantes...Pois não teremos a paz, a tranquilidade, o sentimento verde que precisamos para sobreviver e sermos agradáveis.
A o ar? também não teremos, o ar é invisível para os olhos, mas na verdade eles são verdes, vem do verde e não o teremos mais, cuide do ar, do mar, do verde. Pare para refletir o quanto isso tudo influi na tua vida, queira viver.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Papai Noel


Estava caminhando em busca de sonhos, no meio do caminho encontrei desvios, fui obrigada a fazer Papai Noel;se você não conhece, Papai Noel é uma velha brincadeira que serve bastantes para pessoas indecisas como eu, então cantei "Papai Noel mandou dizer que eu vou ficar..." Bom por fim acabou caindo o lado direito, eu não sabia para que lado seguir, pois algo me dizia que eu deveria ir para o lado esquerdo, e agora o que fazer? Acabei recostando numa pedra que o aconchego era maravilhoso, como já estava anoitecendo e no lugar não tinham luzes dormi logo. Amanhã resolverei para que lado seguir...
Depois de uma ótima noite de sono em paz, quer dizer apenas morissocas ou melhor pernilongos fazendo um barulhinho assim "zum" a todo tempo, mas isso não foi problema, me acostumo com as coisas quando não posso evita-las, sentei no chão me imaginei com o rosto amassado de sono, não podia ver mesmo, não tinha espelho, então só imaginei. Imaginar as coisas é muito bom, imaginar fica pertinho de sonhar;depois sonhei que tinha ido na direção da direita e nesse caminho tinham flores lindas e tinha um palhaço no meio da estrada muito triste, pois estava perto do natal e ele estava só e não tinha um papel para mandar a carta de Papai Noel, tinha apenas uma caneta, ele chorava muito e cantava uma música de Engenheiros do Hawaii que diz "Ando só, como um pássaro voando, ando só, como se voasse em bando, ando só, pois só eu sei andar, sem saber até quando..." Ele era tão feliz que andava só e era como se ele estivesse em bando... No momento em que ele me viu ele sorriu discretamente, eu fiquei com muita pena e o comprimentei, me apresentei para ele, depois o mesmo se apresentou dizendo "Oi meu nome é cara de boi, mas pode me chamar de 'cardiá' pois moro no 'pantaná'" enquanto saiam as palavras de sua boca ele pulava muito, gesticulava e mudava o tom de voz a todo momento (risos) eu ri bastante com isso, seria uma companhia ótima para mim na estrada ele iria se sentir voando em bando mais um pássaro que seria eu... Seria muito bom... Depois me peguei sonhando, rai ai;não posso virar o dia sonhando, preciso achar água para beber, para lavar o rosto, escovar os dentes, tomar um banho... Decidi caminhar pelo lado direito que foi o que sonhei e o que deu na brincadeira de papai noel que fiz ontem antes de dormir.
Continuei a andar na estrada da direita, depois de andar em média quinze minutos avistei uma casinha simples na beira da estrada mais a frente, pré suponho que encontrarei água lá, gritei de alegria... Quando cheguei chamei à frente da casa dizendo:
- Ô de casa? - e batendo fortes palmas.
Apareceu na porta da frente uma velhinha que respondeu:
- Oi minha filha!
Ela era muito simpática e admirável. Sua casa era humilde;isto é o que importa. Ela me convidou à adentrar e me tratou muito bem, contei a minha história para ela e também a estória do meu sonho ela ficou impressionada com o mesmo e disse que naquelas "bandas" existia mesmo um palhaço e também um Papai Noel mais longe dali um pouco.
Eu passei uma noite por lá e no dia seguinte continuei a andar pelas terras desconhecidas (para mim) dois dias se passaram restaram poucos alimentos na mochila, até quando encontrei um mini-mercado e comprei mais suprimentos, perguntei ao moço que lá trabalhava se ele conheçia algum palhaço naquelas terras, ele respondeu que sim;em média de ums oito quilômetros, e lá vou eu... Findando os esperados oito quilômetros avistei um homem muito colorido por fora, mas por dentro estava com " o espiríto preto e branco" me vi no sonho sem nenhuma diferença, sem alguma distorção, ele chorava muito, nem vou contar o que aconteceu nem precisa, foi justamente o que você leu a poucos minutos. Prosseguimos como diz a música "como se voassemos em bando" depois que terminaram todos os acontecimentos do sonho, continuamos a construir a história, depois de muitos e muitos papos nós tornamos confidentes. Eu ainda não tinha contado a ele o que a velhinha me tinha dito "que existirá um Papai Noel por perto" até então ele ainda não sabia, depois começei a falar de Papai Noel e andando pela estrada, ele voltou a ficar triste pareçia com uma criança quando alguém tirava dela seu doce, eu não gostava de vê-lo assim e disse logo a boa nova:
-Tem um Papai Noel aqui por perto segundo uma velhinha que mora a léguas atrás, fique feliz, iremos encontra-lo!
Ele ficou eufórico de imediato, depois de muito conversar e descobrir ficamos cansados e paramos para dormir, pois já era noite. Naquela mesma noite o céu estava encantador, bonito, escuro, silêncioso e então senti lábios nos meus lábios, fiquei estática, eu não esperava que isso podesse acontecer em momento algum e ficou acariciando o meu rosto, a minha cabeça, me sentia segura e aquilo me preenchia eu estava tão solitária... Enfim dormimos. Continuamos andando e nada que tivera acontecido na noite anterior foi citado nas próximas conversas, só sentia a quimíca que acontecia, parecia que tinhamos levado uma flechada de um cúpido no bumbum, avistamos uma casa com uma bela arquitetura e design ela era pintada de vermelho e branco só pensei que fosse do Papai Noel;não estava errada, quando chegamos perto vimos um velhinho barbudo, o palhaço chorou, mas desta vez fora de pura alegria pediu ao Papai Noel dois papeis para escrever a sua carta e entregar ao mesmo, deu-lhe um abraço e continuamos a andar, fiquei feliz em ve-lo feliz, os dias se passaram o nosso amor se intensificou e apraximava-se o Natal, a ansiedade predominava no ar, queria ganhar logo o seu presente...
Véspera de Natal, ele estava feliz, as meia noite não tinhamos dormido ainda ficamos apreciando a lua, o seu brilho, a sua beleza, mais tarde ele me comparou com a lua e disse-me que não havia diferença, com todos aqueles elógios eu o amava mais e mais... Às meia noite andavamos abraçados e ouvi um imenso barulho era um tiro que não sei até então de onde viera, o que sei é que o tiro acertou o meu amor, e morrendo disse lentamente:
- Eu te amo, promete que nunca vai esquecer tudo o que vivemos!
No momento ele deixou cair um papel, o mesmo que tinha pedido a Papai Noel estava escrito "Meu amor, à quem mais amei na vida, nunca vou te esquecer, apesar disso que aconteceu agora (a morte) não deixe de viver continue a andar, a viver, ande só como um pássaro em bando, tudo o que vive contigo foi um imenso prazer... Te amo, adeus. Matheus"
Ele morreu nos meus braços, hoje eu não consigo viver como antes feliz invadida e preenchida de amor, descobri o seu nome "Matheus" lindo nome... Uma voz soava estas letras ao meu ouvido e não me deixava dormir, nunca tinha amado tão profunda e lindamente como tinha amado Matheus, mesmo com seu pedido agora eu jamais vivo.