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Seja bem vindo! Sinta-se em outro mundo

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Lá vou, rio, morto e com ar de tristeza

Levanto, e, não produzida, lá vou, em busca de ter um dia mais ou menos feliz, rio, mas é como se fosse falso, um sorriso falso, morto e com ar de tristeza, procuro pela minha pouca liberdade, mas não a encontro. Mas, liberdade... O que é isso? Sei te responder. Liberdade é aquilo que ficou lá, é aquilo que tinha quando morava lá, eu ria, sim com um ar de felicidade, com uma intensidade maior, rir é ser livre, ter amor e carinho é ser livre, e sair é ser mais livre. Quando tinha tudo isso, eu não valorizava do tamanho e modo certo, queria mais, pois sempre queremos mais, mas hoje poderia valorizar o máximo possível; ela deixei, liberdade. Hoje sou restrita a casa e a escola, apesar de que isso tem um lado bom, muito bom. Mas mesmo assim, assim mesmo, desse jeito, a indecisão não me deixa em paz. Entendo que o futuro deve ser construído, mas não sei ao certo se essa contrução deve ter um início tão efêmero, por que? Porque ser tudo tão rápido e díficil, por que ficar longe? Longe, de quem amo, de onde eu amo, de tudo o que amo. Não é fácil, sei que em um mês já adquiri muito conhecimento e imagino nos próximos meses se esses vierem. Mas não consigo entender e sentir, tanta dor, a vida não era pra ser assim, feita de partidas, por mais que seja para o meu bem, para o nosso bem, o Brasil deveria abrir muitas portas em todos os lugares, mas é tudo tão errado. Com tudo, estou enfrentando o medo, a falta, a ausência de carinho, de presença, de amores, de amigos, de família. E diz fernando Pessoa
"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!"

E o que fazer? Eu não sei se isso me faz feliz e não sei do futuro, ele me prende aqui, mas se não sei o que virá acompanhando-o... o que fazer? Eu percebo que preciso seguir, eu devo seguir como diz a poesia? Mas eu acho que preciso voltar, o que fazer, volto como diz a poesia? Esta é a minha indecisão, é nela, com ela e por ela que vivo, sem saber o que fazer, acaba ficando menos fácil, com tudo o que acontece atualmente na minha vida, será a minha idade que não permite que tome decisões? Eu não vou mais escrever, esse texto, escrevi todo ele, e nada se fez concreto, a dúvida continuou, porém é com a dúvida e a indecisão que vou seguir, o futuro a Deus pertençe, e a indecisão a mim, creio que um dia, ela irá me ajudar, e quanto a liberdade... Quando voltar para o meu berço acho que a terei mais uma vez e com mais intensidade. Saudade.