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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Renúncia voluntária, e humildade que ele tem.

 Ver o seu amigo dormindo no pátio externo d'uma escola nas noites frias da primavera, numa cidade que comporta um milhão de habitantes e você não ter como dar a ele um aconchego. Os cachorros do estacionamento cercam-no e esquentam-no, isto é a lei da natureza. Vê-lo a margem da sociedade, um cara tão bom que poderia ter dado certo, mas ele deu certo vai que a vida dele tinha que ser assim, ele me diz ser feliz, ele é conformado com a vida, sofre de abstinência aos vícios, tem cinquenta e seis anos e tem a inocência de uma criança, há quem diga que ela é doido, mas ele é feliz.
 Encontro-o todos os dias pelas ruas da quadra ou no buteco do estacionamento em minha rua, ele me comprimenta e diz parar de beber e fumar, mas isso é impossivel nesta estação da sua vida. Humildade àquele velhinho não falta! Uma das únicas pessoas que sinceras foram comigo; falava todos os dias que era pra eu prosseguir e conquistar os meus objetivos, acho que ele via os seus erros e me aconcelhava baseando-se nele, ele me deu boa viagem e agradeceu pelas roupas de frio e cobertores que dei a ele. Me prometeu beber o necessário de cada dia para não morrer. Mas sei que isso não vai acontecer certo, certamente. A fidelidade. O mundo apenas suporta pessoas desse tipo, mas o abastecimento disso tudo é falho. E eu um dia voltarei a encontrar o velhinho, novo amigo e quero poder cuidar dele e de pessoas como ele. Bons, já que o mundo não o faz.

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